Nosso Senhor não partilhava da ideia de que o discípulo só pode receber responsabilidades após estar suficientemente maduro para suportar os fardos do seu chamado. Desde o início do aprendizado, enquanto se capacitavam mais e mais pelos exemplos e ensinos do Mestre, os discípulos foram estimulados a participar dos desafios que permeiam a vida dos homens. Conhecedor de nossas fraquezas e inseguranças, nosso Salvador dava instruções claras de forma que os labores para alcançar nossos semelhantes fossem eficazes. Caminhar só e envolver-se solitariamente no exigente roteiro da salvação foi desaconselhado, motivo pelo qual Cristo instruía Seus seguidores a andar acompanhado. Ensino precioso para os dias em que vivemos, tempos nos quais os homens encontram mais e mais dificuldades de encontrar um amigo que os ajude, avalie os resultados alcançados e os anime a prosseguir. O sucesso do empreendimento da salvação é tarefa muito complexa para ser executada por homens isolados. No Reino de Deus, somos estimulados a trabalhar em associação com nossos irmãos a fim de aperfeiçoar nosso caráter pelo exercício contínuo da tolerância. A exemplo de Cristo, ao caminhar pelos empoeirados caminhos deste mundo, ansiamos pela oportunidade de dividir nossas experiências, aprender e partilhar nossas expectativas.

Luiz Paulo