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Há quem ache que igreja é um hospital, há quem diga que é um tribunal, porém ambas comparações podem ser refutadas. Mas se tem uma coisa que igreja não é, é um palco.

Pegue agora sua Bíblia, leia esses textos: Isaías 1:11-14; I Samuel 15:22; Amós 5:21-23; Jeremias 6:20 e depois retorne aqui!

Tenho certeza de que esses textos não despertaram boas sensações em você, não é mesmo?! Palavras duras de Deus em relação ao espírito com que as solenidades ordenadas por Ele eram realizadas pelo seu povo.

Com isso concluímos que: é possível ser obediente e transgressor ao mesmo tempo!

Quando fazemos ajuntamentos e reuniões que promovem o exibicionismo, além de ofender o Senhor, furtamos a glória que só pertence a Deus.

Paulo diz que os dons são distribuídos à igreja e devem ser aperfeiçoados e multiplicados para os seguintes objetivos: para a glória de Deus (I Pedro 4:10-11) , para proveito comum (I Coríntios 12:7), para o aperfeiçoamento dos santos (Efésios 4:12) e para edificação da igreja (I Coríntios 14:12).

Nosso envolvimento com as atividades da igreja requer aptidão e qualificação. O esforço deve ser reconhecido. O incentivo deve ser rotineiro. Já os elogios de performance e beleza, que dão vazão a exaltação, que inflam o ego, devem ser retirados de nosso meio pois somente alimentam a vaidade.

No livro Serviço Cristão, nas páginas 188 e 178, Ellen White diz que quanto menor a ostentação e exibicionismo, maior seria a influência para o bem. Ainda enfatiza que o que tornará nossas igrejas vigorosas e bem-sucedidas em seus esforços, não é a obra ruidosa, ostentação e exibicionismo, mas a que se faz quieta e humildemente, com o esforço paciente, perseverante e acompanhado de oração.

Fato é que ainda que tenhamos a nossa melhor performance possível, jamais poderemos mascarar nossas intenções perante Deus. Nosso ego deve ser esmagado, e não acariciado.

Muita gente perderá a vida eterna tentando provar a Deus a sua performance: “Mas Senhor, em teu nome EU expulsei demônios, EU realizei milagres, EU isso e aquilo. A resposta que Jesus dará, nós já sabemos. Resposta dura.

Deus se preocupa com a decência, zela pela ordem, se agrada com a beleza, e vemos isso nitidamente durante a criação, nas ordenanças de ritos e sacrifícios… Ele quer o melhor de você, ainda que seu melhor seja infinitamente distante do que Ele realmente merece, mas jamais devemos priorizar a estética em detrimento do espírito.

Como você bem leu nos textos bíblicos citados acima, em alguns momentos Ele expressou tão duramente que não suportava mais tudo aquilo, músicas, sacrifícios que seguiam as suas ordens, mas que O aborreciam justamente pelo espírito empenhado ali.

“Quando os homens se exaltam sentindo que são uma necessidade para o êxito do plano de Deus, o Senhor faz com que sejam postos de lado e torna-se evidente que o Senhor não depende deles. A obra não se detém por causa do afastamento deles, mas vai adiante com maior poder”. DTN, p 432

Entenda, Deus não precisa de você. Nosso envolvimento na obra não é uma obrigação, muito menos deve ser um fardo, mas sim um privilégio em prol da salvação da nossa alma.

Devemos nutrir um espírito de serviço, oferta, entrega, adoração, humildade.

Salmos 51:17 diz: o sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional”. Romanos 12:1

Que apenas Ele cresça, e eu?! Que eu diminua.

Brenda