Diz-se que uma mulher muito sábia disse algo mais ou menos assim: “Vocês pedem tantas coisas! Pedem dinheiro, trabalho, saúde, paciência, amor, até perdão. Se esquecem, porém do mais importante, que é pedir o Espírito Santo.” Irmãos, sabemos que aquilo que fazemos é determinado por quem somos, pois onde está o nosso tesouro também está o nosso coração (Mt 6:21). Também sabemos que nós somos determinados por aquilo que fazemos (Ellen White, “Mente, Caráter e Personalidade), ou seja, que pela contemplação e ação nós somos transformados. Ora, se fazemos conforme somos e somos conforme fazemos, não há escapatória para o pecado. Um pecador é destinado a pecar, e o pecar o determina como pecador. Um terrível ciclo. O pecado não é um ato, nem um pensamento, mas uma condição de escravidão.

Sendo Jesus Cristo o Caminho, a Verdade e a Vida, o que seria seu antagonista? O inimigo, então, seria perdição, mentira e morte. Deus é a fonte da vida, e quem dele se separa, está rumo à morte. Está escrito em 2 Coríntios 3:17 que “Ora, o Senhor é o Espírito e onde está o Espírito do Senhor ali há liberdade.” Onde está o Espírito de Deus, também há caminho (propósito), verdade e vida. Você já se sentiu perdido? Pois saiba que o espírito de perdição vem do adversário. É o espírito da perdição, da rebelião, da autossuficiência.

Em Filipenses 2:12,13 é dito que “Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele.” Se estamos presos no ciclo do pecado, como podemos “pôr em ação” a nossa salvação? É nesta hora que entra o Espírito Santo. A resposta já foi dada: Deus realiza tanto o efetuar quanto o querer. Apelido isto de oração do viciado, “Senhor, desprezo as tuas coisas, não me volto jamais a ti, fujo da tua Palavra. Amo o pecado, e o quero, porém quero não o querer! Clamo para que meu querer seja voltado a ti, e não a mim. Eu não O amo, mas quero te amar!

Pedir pelo Espírito Santo é a nossa parte, é só desta maneira que nos livramos do ciclo do pecado, da escravidão. É assim que nos livramos da autossuficiência mentirosa que o inimigo nos promete. Não amamos a Deus, mas devemos pedir para amá-lo, e às coisas celestiais.

João Gabriel de Castro Moura