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boletins:devocional28052022

A Visão do Acampamento de Deus em Maanain – Uma Receita para Insegurança Social

Em casa de Labão, Jacó viu seu patrimônio crescer.

  • Após vinte anos de trabalho, sua declaração de renda constava o nome de quatro mulheres e doze filhos (Gênesis 29:31-30:24). Ele constituiu uma família.
  • Dedicou os últimos seis anos para adquirir riquezas – “E o homem se tornou mais e mais rico; teve muitos rebanhos, e servas, e servos, e camelos, e jumentos” (Gênesis 30:43).
  • Também adquiriu reputação – “Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de ti” (Gênesis 30:27).
  • Contudo, a despeito do elogio público feito pelo sogro, Jacó também adquiriu novos inimigos: os filhos de Labão faziam comentários caluniosos a seu respeito (Gênesis 31:1) e o rosto de Labão não lhe era favorável como anteriormente (Gênesis 31:2).

Não nos iludamos com o festival interminável de bênçãos proclamado pelos teólogos da prosperidade. Na jornada de um crente, a bênção divina e a adversidade podem coexistir. No caso de Jacó, ambas se agigantaram. Nem todos se alegraram com o sucesso do rapaz; daí, não é novidade dizer que nem todos estavam dispostos a comemorar suas vitórias. A bem da verdade, mesmo entre os “parentes”, alguns seriam capazes de soltar foguetes no funeral de Jacó. Para onde fugir, se agora os inimigos estavam por toda parte? Voltar para casa do pai em Berseba e encarar o irmão mais velho? Ou tolerar os novos rivais em Harã? Ademais, motivos particulares para deixar a casa do sogro não estavam faltando: A) Harã não era a terra prometida (Gênesis 30:25). B) Jacó vivia como escravo de Labão (Gênesis 30:26, 29; 31:6 e 7). As dez mudanças de salário nem de longe se comparavam aos sofrimentos dos plantões que precisava passar com os rebanhos do patrão: Jacó foi constrangido a assumir os prejuízos das feras, dos ladrões e dos abortos espontâneos dos animais. Ouça seu desabafo antes da despedida final: “De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gênesis 31:38-40). C) O Deus de Abraão também o pressionou para que retornasse à casa de seu pai (Gênesis 31:3, 11-13). D) E ainda contava com o apoio das esposas: “… agora, pois, faze tudo o que Deus te disse” (Gênesis 31:14-16).

Como você lida com as injustiças sociais que está sofrendo? Paga com a mesma moeda? Deseja o mal para seus inimigos? Incapazes de ver o futuro, homens sem Deus tumultuam suas relações sociais. Angariam inimizades, criam lista de suspeitos, gastam tempo arquitetando males, intoxicam-se com o veneno do ódio que preparam para seus opositores e sofrem por antecipação. Eles desconhecem que o Deus de Jacó vê tudo o que se passa nos bastidores. E não só vê, mas corrige cada maldade de nossos desafetos:

  • Deus estava de olho em Labão (Gênesis 31:12).
  • Viu quando Labão e seus irmãos iniciaram a marcha no encalço de Jacó (Gênesis 31: 22 e 23).
  • Incontinenti, repreendeu a Labão em sonho: “Guarda-te; não fales a Jacó nem bem nem mal” (Gênesis 31:24, 29 e 42).
  • E o mais importante, Deus testemunhou (Gênesis 31:50) com seus anjos a aliança firmada entre Labão e Jacó. Este, que já antevia um confronto, descobriu que Deus encaminhou o inimigo não para brigar, mas para reconciliar. Finalizada a reunião, Labão voltou para casa. “Também Jacó seguiu o seu caminho, e os anjos de Deus lhe saíram a encontrá-lo. Quando os viu, disse: Este é O ACAMPAMENTO DE DEUS. E chamou àquele lugar de Maanaim” (Gênesis 32: 1 e 2 – grifos acrescidos).

Esta cena da reconciliação com Labão é apenas uma amostra da reconciliação com o inimigo maior; no caso, Esaú. Nosso progresso espiritual exige que reatemos ligações sociais até com os que julgamos não merecedores de perdão. Ou você ignora que a incapacidade de perdoar também torna inacessível o perdão divino (Mateus 6:15)? A igreja, pois, é o acampamento terapêutico onde Deus reúne velhos rivais para celebrar a reconciliação. Com certeza muitos não se sentem a vontade lavando os pés dos adversários. Tal gesto nobre indica a aceitação dos pecadores. Jesus desceu escada abaixo, para a terra, e deixou-nos o exemplo de como tratar pessoas indignas. Lavou os pés dos traidores. Injetou perdão na vida dos incrédulos. O cristianismo nasceu incentivando os discípulos a servirem e a lavarem os pés que se sujaram durante a caminhada espiritual (João 13:14 e 15). Lembrete de amigo: O Deus que quer mudar seu nome – DE JACÓ PARA ISRAEL – está ansioso para celebrar o reatamento de relações amistosas entre desafetos. Comece, então, a ver Deus se movendo para resolver não somente as necessidades físicas, mas também as encrencas sociais.

João Marques

boletins/devocional28052022.txt · Última modificação: 2022/05/27 17:18 por itazedo@gmail.com

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